Coletivo  Bom Jardim Produções

O Coletivo Bom Jardim Produções surge em 2008 quando Josenildo Nascimento e Gislandia Barros, percebendo o potencial do grupo de teatro de rua Semearte (Hoje Pé na Rua) do qual eram integrantes, se aventuraram a produzir seu primeiro filme. Com uma câmera VHS emprestada, cenário do CAPS Bom Jardim e muita força de vontade, o grupo conseguiu realizar seu primeiro filme, o media metragem O INFERNO É AQUI, produzido de forma totalmente autodidata. O filme foi dirigido por Josenildo Nascimento que com seu conhecimento em histórias em quadrinhos conseguiu criar uma narrativa cinematográfica completa, cujo desdobramento culminou na distribuição do filme nas locadoras do bom Jardim. 

A primeira produção do grupo obteve resposta positiva da comunidade, o que impulsionou novas produções como o primeiro longa-metragem de romance APENAS DETALHES, filmado com uma câmera CYBER SHOT de 12MP, onde as locações foram espaços públicos e turísticos de Fortaleza e no território do Bom Jardim. O filme teve um alcance maior nas locadoras do bairro além de ir mais longe graças a pirataria que tomou de conta. O longa também foi exibido duas vezes na TV diário e teve sua estreia no Centro Cultural do Bom Jardim.  

Graças ao enorme sucesso dos filmes e pelo feedback positivo da comunidade o grupo passou a se chamar BOM JARDIM PRODUÇÕES com o objetivo de ter mais a cara do território.

Depois disso, o coletivo Bom Jardim Produções não parou mais. Realizou o curta metragem Jéssica em 2013 que mais tarde foi contemplado no edital das artes 2016 pela Secultfor culminando em exibições nas escolas públicas de Fortaleza. Em 2015, o coletivo produziu BOTIJA, seu primeiro Longa-metragem com som direto e filmado com câmera DSLR, e teve estreia no CINE SÃO LUIZ. Após esses feitos, o coletivo Bom Jardim Produções ganha o PRÊMIO FORTALEZA CRIATIVA 2015 por meio do edital da SECULFOR. Graças ao prêmio, o coletivo pôde investir na sua primeira ilha de edição e em contrapartida ao prêmio realizou seu primeiro curso de audiovisual numa escola do bairro, aberto à comunidade. Por conta disso, o coletivo passou a ser chamado para dar aulas de cinema e audiovisual pelo Centro Cultual do Bom Jardim, Associação Cultural Santa Terezinha do Menino Jesus, Movimento de Saúde Mental Comunitária e escolas do território. 

Outros filmes vieram, como: A GAROTINHA, um suspense gravado em 2018, o longa-metragem infantil OS MALUVIDOS, que se encontra em fase de pós-produção, o curta-metragem É O TIPO DA COISA, gravado durante a quarentena em 2020 (selecionado no edital ARTE EM REDE). Em 2021, o coletivo realizou o curta metragem DENDI – O MAL ESTÁ ONLINE, e CINERGIA, um programa para youtube que explora conteúdos sobre o mundo do cinema, já com duas temporadas. 

Durante a pandemia outras produções também foram possíveis, como: Histórias assombrosas que minha mãe contava (2021) e Nosso Território Tem História – Mulheres de Fibra (2022). Agora, o coletivo pretende dar continuidade à estas produções, sendo a última um projeto de uma série documental sobre a história do Grande Bom Jardim, cujo processo de realização se dá aos poucos, curta à curta, até estar concluída à obra.

E hoje, crianças jovens e adultos nos procuram para fazer parte das produções, onde não sonhamos mais sozinhos e sim, com todos aqueles que se aproximam e acreditam que é possível sonhar e realizar.